quarta-feira

entãoÉnatal (hoHOho)

momento submarino do blog.
e a notícia é o presente de natal de um fã emocionado.
desculpe as lágrimas...
snif!

peça a Monstro Discos (baratinho - R$ 15 conto. só se ligue no frete!)
ou peça à Tratore
or ask at Samba Store
(e só a loja gringa menciona os clipes embutidos. mistério...)

quinta-feira

resultados

Sexta-feira, 08 de Dezembro de 2006 10:08h

Concurso Ary Severo & Firmo Neto e Festival de Vídeo anunciam vencedores

A coordenação do Concurso de Roteiros Ary Severo & Firmo Neto e do 8° Festival de Vídeo de Pernambuco anunciou na noite desta quinta-feira (07), no Teatro Arraial, os seus vencedores.

Os roteiros Azul, de Eric Laurence, e Eles Voltam, de Marcelo Lordello, foram premiados com R$ 80 mil cada, quantia que servirá à realização dos projetos de curta-metragem, no formato 35mm. Entre os premiados no Festival de Vídeo, o destaque foi para o realizador Pedro Severien, que levou os primeiro e segundo lugares na categoria videoclipe, com Carnaval Inesquecível na Cidade Alta e Laura Bush tem um Senhor Problema, respectivamente. Ambos foram criados para músicas do EP Bebadogroove Vol. 1: Garagesambatransmachine, do grupo pernambucano Mundo Livre s/a.

O roteiro Azul, de Eric Laurence, narra a vida de uma velha mãe, moradora de uma região seca e sem vida, que caminha quilômetros todos os dias até a vizinha mais próxima, para que esta leia as cartas escritas pelo filho ausente. Laurence, realizador do premiado curta Entre Paredes, explora a necessidade humana de manter viva a esperança, na possibilidade do retorno de um filho que migrou para a cidade grande. Já o roteiro Eles Voltam trata da solidão e da independência, com uma ação que se desenvolve por meio de dois irmãos, abandonados em uma rodovia, como forma de castigo imposto pelo pai.

No Festival de Vídeo, o primeiro prêmio na categoria Ficção ficou com Eisenstein, de Leonardo Lacca, Raul Luna e Tião. Entre os vídeos de Animação, que este ano pela primeira vez concorreram como uma categoria específica, o primeiro lugar foi para Marcos Buccini, realizador de Na Corda Bamba. Gabriel Mascaro, diretor de Ao Norte, levou o primeiro prêmio da categoria Experimental. Por fim, o melhor documentário, segundo o júri, foi Quando a Maré Encher, de Oscar Malta.

O 8° Festival de Vídeo de Pernambuco premia os primeiros lugares das cinco categorias com R$ 3,5 mil. Os segundos lugares levam R$ 2,5 mil e os terceiros, R$ 1,5 mil. Há ainda o prêmio do júri popular, que escolhe o melhor trabalho em cada categoria, com prêmio de R$ 2 mil. O Ary Severo & Firmo Neto e o Festival de Vídeo de Pernambuco são realizados pelo Governo de Pernambuco e pela Prefeitura do Recife. Confira abaixo a lista completa com todos os ganhadores.

Concurso de Roteiros Ary Severo & Firmo Neto - Edição 2006

Vencedores:

- Azul (Eric Laurence)
- Eles Voltam (Marcelo Lordello)


8° Festival de Vídeo de Pernambuco

DOCUMENTÁRIO

1° lugar: QUANDO A MARÉ ENCHER (Dir. Oscar Malta)2º lugar: 15 CENTAVOS (Dir. Marcelo Pedroso)3º lugar: PE NA FRANÇA - CANTADORES NA TERRA DOS TROVADORES (Dir. Ricardo Mello)Menção Honrosa: 1964 - ENCONTRO COM A MEMÓRIA (Dir. Marcelo Santos, Michel Bamps e Raphaella Vieira)

FICÇÃO
1º lugar: EISENSTEIN (Dir. Leonardo Lacca, Raul Luna e Tião)2º lugar: UMA VIDA E OUTRA (Dir. Daniel Aragão)3º lugar: ROCK & ROLL NA VEIA (Dir. Germano Rabello)

EXPERIMENTAL
1º lugar: AO NORTE (Dir. Gabriel Mascaro)2º lugar: #TANTA SEDE (Dir. José Juvino Júnior)3º lugar: CIDADE DO PECADO (Dir. J. R. Júnior)Menção Honrosa: LANTERNA (Dir. Oscar Malta)

VIDEOCLIPE
1º lugar: CARNAVAL INESQUECÍVEL NA CIDADE ALTA (Dir. Pedro Severien)2º lugar: LAURA BUSH TEM UM SENHOR PROBLEMA (Dir. Pedro Severien)3º lugar: PAULO ANDRÉ NÃO ME OUVE (Dir. Danielle Valentim)

ANIMAÇÃO
1º lugar: NA CORDA BAMBA (Dir. Marcos Buccini)2º lugar: OCASO (Dir. Zózimo Neto)3º lugar: O DIA EM QUE O BRASIL FOI INVADIDO (Dir. Abel Filho)

JÚRI POPULAR
Melhor Documentário: NEURONHA (Dir. Daniel Barros)Melhor Ficção: ROCK & ROLL NA VEIA (Dir. Germano Rabello)Melhor Experimental: AO NORTE (Dir. Gabriel Mascaro)Melhor Videoclipe: PÉ NA ESTRADA (Dir. Anabele Silva e Natália Lopes)Melhor Animação: O DIA EM QUE O BRASIL FOI INVADIDO (Dir. Abel Filho)

sábado

+1!

ó a animação dos caras aí.

:D

1. Nêga Ivete
2. Laura Bush Tem Um Senhor Problema
3. Tentando Entender Os Cabras
4. Carnaval Inesquecível Na Cidade Alta
5. Abrindo o Coração Para Uma Cadela Chapada E Bêbada
6. Dogvilles, Coleiras e Bombeiros
7. Soy Loco Por Sol

agora são só 3 sem clipe. quem se habilita?
(e sim, isso deve mesmo ser algum tipo de marco na história da música póspop popular brasileira e/ou mundial. um estudo histórico, ainda que raso, alguém se habilita? cartas a este blog)

domingo

youTCHUBAS2

e tem mais, Laura Bush X Carnaval ... no VIII Festival de Vídeo de Pernambuco:

http://www.recife.pe.gov.br/modelo.php?id=168&Tipo=D

youTCHUBAStime





terça-feira

deuNAcoluna...

...de orismar (com roberta jungmann) / Jornal do Commercio, 03 de outubro de 2006.

Pernambuco no ar

A banda pernambucana Mundo Livre S/A emplacou um clipe na parada do Disk MTV: o Carnaval Inesquecível na Cidade Alta, produzido pela Orquestra Cinema. Está no páreo para figurar entre os dez clipes mais pedidos pela audiência de todo o Brasil. Que ótima notícia!

e não é?

segunda-feira

mercadoLIVREs/a




Mundo Livre põe EP na loja em outubro

Até então disponível para venda somente na internet ou nos shows do grupo, o EP Bebadogroove Vol. 1 (Garage Samba Transmachine) - a rigor, o sexto disco do grupo Mundo Livre S/A - chegará, enfim, às lojas de forma tradicional. A banda assinou contrato com o selo Monstro Discos, que vai reprensar o EP e lançá-lo no mercado em outubro, com distribuição da Tratore. Bebadogroove tem sete músicas, todas com letras de Fred 04, líder do Mundo Livre. Pela ordem, as faixas são Nêga Ivete, Laura Bush Tem um Senhor Problema, Tentando Entender os Cabras, Carnaval Inesquecível na Cidade Alta, Abrindo o Coração para uma Cadela Chapada e Bêbada, Dogvilles, Coleiras e Bombeiros e Soy Loco por Sol.

POSTADO POR: Mauro Ferreira às 00:28

roubado de http://deluca.blogspot.com/mauroferreira

+ detalhes sobre malabarismos tecnológicos nesse disquinho, em breve...

INFOMONSTRO::
Mundo Livre S/A agora é Monstro!!!

olhaAhora

horários (mega legais e que incentivam a produção independente de clipes para bandas sem gravadora) na MTV:

(daqui a pouco, de segunda [25.09] para terça [26.09])
MTV Lab - 1:47am e 4:48am

domingo

ISSOéPRApassarONDE?


para quem cantou "I don´t want to stay here ... I wanna to go back to Recife" no mês passado: Carnaval Inesquecível... entra na grade da MTV no dia 25.09.2006.

para quem ainda canta "I want my MTV" ou caga pro assunto e quer prestigiar os artistas locais; já já no you tchubas...

acima: arte steve fiorilla
abaixo, curiosa comparação local da referência nacional sobre o tema :

"Superprodução com ecos de Zé Celso, traz cenas fortes e belas de um carnaval surrealista. Mundo Livre não decepciona!"

p.s. na mesma chamada de capa / setor estréias: Sonic Youth, Yeah Yeah Yeahs e mundo livre s/a. Yellow (onde quer que ele esteja) deve estar bem contente ...

estréias de clipes / MTv Brasil / 25.09

quinta-feira

Os melhores textos da imprensa pernambucana em dose dupla

No JC, o vocalista da Lady Murphy ficou espremido na página de serviços e deu conta do recado com elegância. Na Folha, Bruno lança luz histórica - no seu gonzo style - ao trabalho. Aqui no blog - contrariando a diplomacia severina - eu lanço uma pergunta às futuras gerações: auto-sabotagem, mito ou verdade?

31/08/2006
Os melhores trabalhos visuais do Mundo Livre
Banda lança videoclipe de duas músicas hoje no Teatro Apolo

Bruno Nogueira

Reza a lenda que Fred 04, vocalista do Mundo Livre S/A, é um dos mais criativos marketeiros musicais da cidade. Uma vez bolou a idéia de colocar Roger de Renor numa bicicleta circulando pelo Recife tocando o disco da banda numa pequena caixa de som. E mesmo que o próprio negue as sacadas mirabolantes, algumas que acabam tomando forma apontam para uma provável verdade nessas histórias. Como, por exemplo, liberar todas as músicas do disco “Bebadogroove” para quem quisesse fazer um videoclipe. O resultado são os vídeos de “Laura Bush Tem Um Senhor Problema” e “Carnaval Inesquecível na Cidade Alta”, que serão lançados hoje com festa no Recife Antigo.

Produzidos pela Orquestra Cinema, com assinatura de Pedro Severien, os dois vídeos vão dar muito orgulho para o Mundo Livre S/A. Diferente dos últimos clipes produzidos no Recife, que conseguem se resolver em filmagens curtas de estúdio e muito uso de animação, as músicas ganharam uma narrativa grande, com vários cenários, muitos personagens e edição esperta. Em comum, ambos tem a presença da atriz Hermylla Guedes, a mesma que esteve em “Cinema, Aspirinas e Urubus”. Com uma visão maior de cinema, são os melhores trabalhos visuais da grife Mundo Livre.

A história dos vídeos casam com a música. Em “Laura Bush”, filmado em várias locações da cidade, a bem humorada manchete de jornal estampa que “Gaia presidencial acaba em guerra”. E enquanto a primeira dama circula pela beira-mar em busca de um porre salvador, conhece outra mulher que a leva até a periferia. Mas elas são um subtexto. Desviam a atenção para a história principal que é contada através de televisões, cartazes e comentários de coadjuvantes. O sumiço e romance homossexual entre elas - que é mostrado sem muita ofensa visual - é pano de fundo para a fúria de um político que começa a avançar violentamente contra os rivais.

Já o “Carnaval” Inesquecível cai mais fácil no lugar-comum. É o clichê da mistura da festa real e da imaginada, com um bêbado transitando entre realidades físicas e sonhadas. Vai agradar quem é fã da estética David Lynch, com o aleatório montando um quebra-cabeça quase sem fim de fatos. Um frentista travesti, uma garota punk e o Mundo Livre se cruzam numa rave em câmera lenta. O ritmo é dado pelo canto devagar de Fred 04, criando um ambiente sufocante onde o espectador fica a cargo de criar sua própria ressaca.

Somar essa qualidade com a criatividade de Fred 04 e do Mundo Livre é prever que esses vídeos vão estar circulando muito em breve pela Internet e caminhos mais acessíveis. Depois da exibição pública que eles farão hoje no Apolo, é certo também que fica plantada essa necessidade de expressão visual da banda. E, como a história já provou, o que esses caras plantam ecoa em toda cidade.

Serviço
Lançamento de clipes para o Mundo Livre
Hoje, às 18hTeatro Apolo
Rua do Apolo, Recife Antigo

MÚSICA
Mundo Livre S/A em dose dupla
Publicado em 31.08.2006

A nova fase de independência total da banda Mundo Livre S/A gera novos experimentos. Hoje, a partir das 20h, no Cine-teatro Apolo, acontece o lançamento de dois videoclipes realizados pela produtora local Orquestra Cinema, que faz sua estréia no mercado. Os trabalhos ilustram as canções Carnaval inesquecível na Cidade Alta e Laura Bush tem um senhor problema, ambas do álbum mais recente do grupo, Bebadogroove vol. 1: garagesambatransmachine. O acesso é gratuito.

Após o amplamente divulgado O outro mundo de Xicão Xucuru, vídeo modesto realizado pela TV Viva, Fred 04 & cia. e a produtora associada apostam em produtos com padrão de qualidade internacional, rodados em Super 16 mm e finalizados em vídeo digital. A direção dos dois clipes ficou a cargo de Pedro Severien, cineasta que estreou há sete anos com obras experimentais e, após um período de amadurecimento com formação e prática no exterior, inaugura sua própria produtora, a Orquestra Cinema.

De acordo com o diretor, a idéia inicial era fazer apenas um videoclipe. Contudo, frente à mão-de-obra que seria viabilizar um material com tamanha qualidade (câmeras e alguns técnicos vindos de São Paulo, onde também ocorreria a finalização), banda e realizadores modificaram o projeto para fazer dois clipes. O patrocínio é da Chesf e da Prefeitura da Cidade do Recife.

Carnaval..., o que exigiu maior esforço da produção, foi quase inteiramente rodado em estúdio (improvisado num galpão cedido pelo DER). O clima lembra uma mistura dos clipes Losing my religion e Drive, do R.E.M. O objetivo foi recriar a faceta noturna do Carnaval de Olinda, segundo o autor absurda, fantasmagórica e expressionista. Também aposta num tom crítico de um período em que tudo é esquecido em prol de festa e muita bebedeira.

Já Laura Bush é mais livre, câmera na mão, cinema pós-anos 90 que faz crítica com irreverência. É protagonizado pela esposa (a atriz Hermila Guedes, também de Carnaval...) de um político-empresário alcoólatra e arrogante que resolve conhecer o Centro e a periferia do Recife. (M.T.)

Lançamento dos clipes Carnaval inesquecível na Cidade Alta e Laura Bush tem um senhor problema, da banda Mundo Livre S/A – hoje, às 20h, no Cine-teatro Apolo (Rua do Apolo, 124, Bairro do Recife. Fone: 3224-1114). Entrada franca

quarta-feira

Diário de Pernambuco resenha clipes (30.08.2006)

cavani (o sósia de Dani Azevedo) botou pra fuder - um dia antes - e foi ultra-cuidadoso na apuração da história por trás dos clipes. mas contou o final de uma das histórias... tem nada não ; )

Mundo Livre faz cinema com novos videoclipes

Banda aposta na narrativa de ficção para interpretar visualmente as músicas Laura Bush tem um senhor problema e Carnaval inesquecível na Cidade Alta
JÚLIO CAVANI DA EQUIPE DO DIARIO

Um mês antes de Mombojó e Nação Zumbi concorrerem a prêmios na MTV, a Mundo Livre S/A lança, nesta quinta, seus dois novos videoclipes, talvez os melhores de sua carreira. Dirigidos por Pedro Severien, os vídeos são livres interpretações visuais para as músicas Laura Bush tem um senhor problema e Carnaval inesquecível na Cidade Alta, com qualidade técnica que impressiona.

Os dois clipes são completamente diferentes entre si, mas compartilham, além da música da banda, uma estrutura narrativa de ficção, como se fossem pequenos curtas-metragens. Ambos também têm uma equipe de produção semelhante e a presença da atriz Hermylla Guedes, que participou do filme Cinema, aspirina e urubus e vai ao próximo Festival de Veneza como protagonista de O céu de Suely, do cineasta cearense Karin Ainouz. Laura Bush é filmado em locações abertas do Recife e tem uma lógica mais sóbria, apesar de ser bastante estilizado, enquanto Carnaval foi produzido em estúdio e parece uma viagem surrealista.

Laura Bush tem um senhor problema começa em uma luxuosa cobertura em Boa Viagem, onde um homem aparentemente poderoso está aos gritos com uma garota, que se revolta e resolve tomar várias doses de cachaça na beira da praia. Uma outra mulher a encontra e as duas seguem andando pela cidade até chegarem a um morro de Casa Amarela, quando acontece uma manifestação contra um tal político chamado W. O clipe prende a atenção, foge de redundâncias e impressiona pela fotografia de Christian Perez, mas pode enfrentar problemas em sua carreira comercial por causa das cenas de beijo entre as duas personagens. Percebe-se que todas as imagens foram feitas no Recife, mas a história poderia se passar em qualquer lugar igualmente desigual, que tenha favelas convivendo com bonitas paisagens e altos edifícios.

Carnaval inesquecível na Cidade Alta lembra filmes de Fellini, Bunuel e Peter Greenway ao se situar no limite entre o real e o onírico. O clipe é um delírio carnavalesco noturno, uma viagem de um bêbado jogado no meio das ruas de Olinda, uma alucinação com personagens de visual absurdo, como a punk com tranças rastafári, um frentista que enche a cara de gasolina, um estilista louco interpretado pelo artista plástico Joelson e foliões fantasiados vividos pelos integrantes da banda.

A Mundo Livre S/A liberou todas as suas músicas para quem quiser produzir seu próprio clipe. Trabalhando com um orçamento de R$ 80 mil, a produtora Orquestra Cinema conseguiu bons patrocínios e propôs os dois vídeos para a banda, que aceitou o projeto. Totalmente filmados em Pernambuco, eles podem ser considerados os melhores trabalhos audiovisuais feitos para o grupo, que até agora vinha se equilibrando entre peças mais experimentais do que comunicativas ou em produções paulistas, bancadas por gravadoras, sem muita identidade.

Serviço
Lançamento dos videoclipes da Mundo Livre S/A
Quando: Quinta, 20h
Onde: Cine-Teatro Apolo (Rua do APolo, 121, Bairro do Recife)

sábado

deuNOjc

samba do crioulo doido típico dessas matérias que querem explicar o mundo e não têm espaço no jornal. valeu (muito) pelo esforço da menina Gama, e pela gréia da foto, mas não faz - por exemplo - uma diferença clara do que é feito em vídeo pra o que é feito em cinema. ficou no ar. e parecendo que a gente fez o clipe com 5.000 e torrou o resto em droga. cinema é caro e ainda estamos longe de conseguir pagar decentemente alguns profissionais que trabalharam pra caralho no processo. nós mesmo, saliento com pesar e minha conta de celular em mente, estamos incluídos no rol dos cachês de 0,00.

Música em movimento
Publicado em 02.08.2006


Bandas pernambucanas apostam em videoclipe como uma forma mais forte de divulgação de seus trabalhos, mas esbarram nas dificuldades financeiras

CONCEIÇÃO GAMA
A geração musical pós-mangue veio acompanhada por uma efervescência cinematográfica no Estado, fruto da revolução digital que barateou o custo dos equipamentos de vídeo. Para qualquer banda pernambucana que se preze, hoje, gravar um videoclipe é quase tão importante quanto gravar um disco.


“O videoclipe é um meio de divulgação fundamental atualmente. Podemos disponibilizá-lo na Internet para qualquer pessoa ver. Quando resolvemos fazer um videoclipe, entramos em acordo com o diretor e dividimos o roteiro, para que o vídeo fique com a cara da banda. Apesar das dificuldades, não podemos deixar de filmar”, conta Rogerman, vocalista da Bonsucesso Samba Clube, banda que tem quatro clipes gravados e dois discos lançados.

O cantor e compositor Lula Queiroga, com dois discos lançados, três clipes prontos, mais um em fase de finalização e um DVD ao vivo em edição, concorda com Rogerman. Segundo ele, o videoclipe cria uma identidade visual que complementa a identidade musical do artista. “O clipe mostra para que o artista veio. Ele conta uma história que às vezes vai além do que a música fala”, conta.
O diretor Nilton Pereira, cineasta da produtora TV Viva, organização não-governamental ligada ao Centro de Cultura Luiz Freire, afirma que a revolução digital trouxe uma maior democratização da mídia vídeo. “Uma Betacam, na época que nós compramos, há 15 anos, por exemplo, custava 45 mil dólares. Hoje você compra uma boa câmera digital com 5 mil dólares. As tecnologias atuais baixaram os custos e facilitaram a vida de todo mundo”, comemora.


Mas nem tudo são flores. O acesso mais fácil aos equipamentos de vídeo não veio acompanhado de uma estrutura no Estado que possibilite a realização de grandes produções. “Aqui no Recife não há uma infra-estrutura de cenários para cinema. A gente tem uma cena musical mais avançada que a produção de videoclipes. Nos últimos anos houve um aumento no número de produções, mas elas ainda são, na maioria, semiprofissionais. Em cinema há uma certa tradição por aqui, mas em videoclipe ainda não. E isso não acontece por falta de competência, mas por falta de dinheiro mesmo”, argumenta Pedro Severien, que faz parte da nova geração de diretores do Estado.

Outro diretor da nova geração, Daniel Aragão, concorda com o fato de haver dificuldades na realização de videoclipes em Pernambuco. “Todo mundo aqui faz clipe praticamente de graça. Apesar de o Estado ter expressão artística na área do audiovisual, especificamente a mídia videoclipe é apenas mais uma forma de se fazer. Videasta recifense é muito ansioso por trabalho e daí termina fazendo tudo”, confessa. Daniel assina a direção dos clipes Além da razão (2005), da banda Rádio de Outono, É o tchan da garrafa (2005), da Profiterólis e a fotografia de Deixe-se acreditar (2006), da Mombojó. Ele ganhou o prêmio de melhor videoclipe no Festival de Gramado 2005 com Ireny, da Mula Manca & A Triste Figura, clipe em que dividiu a direção com Gabriel Mascaro.

Marcelo Pinheiro, da Luni Produções, também vê de perto as dificuldades de realização. “Aqui dificilmente se roda em 16 mm. Sou sempre procurado por bandas, muitas vezes bandas boas e por que eu me interesso, mas elas não têm dinheiro, aí fica complicado. Com o apoio total de uma produtora, o artista precisa desembolsar 6 ou 7 mil reais no mínimo para fazer um clipe legal”, afirma. Marcelo dirigiu, dentre outras realizações, Propróstata, da Textículos de Mary, que foi indicado como melhor clipe ao Video Music Brasil 2003, premiação da MTV. O clipe mais recente assinado por Marcelo é Nas terras da gente, de Silvério Pessoa, lançado há um mês, e tem co-direção de Jeanine Brandão.

Não é por causa da falta de estrutura que se deixa de experimentar novidades nas produções dos videoclipes pernambucanos. Raul Luna, que dirigiu Cabidela (2003), da Mombojó, O lago (2004), da Superoutro e Marchinha (2005), da Parafusa, é um nome forte da nova geração de diretores de videoclipe, que abusa da criatividade para driblar as dificuldades de baixo orçamento. “Estou filmando o clipe da música Dreams, da Mellotrons e um DVD inteiro da Superoutro, com clipes de singles e experimentos. Antes eu acreditava que se usasse o melhor equipamento teria o melhor vídeo. No entanto, hoje eu observo que vale mais a qualidade conceitual do que a técnica em si. Para o clipe da Mellotrons, por exemplo, estou usando uma câmera de VHS, ultrapassada e buscando a estética dos anos 90. Experimentar é sempre válido”, conta.

Depois do sucesso, vem o Sudeste
Publicado em 02.08.2006
Artistas pernambucanos que ganharam renome nacional nos anos 90 deixaram de produzir clipes em Pernambuco no auge da carreira

A produção de videoclipes em Pernambuco teve um boom no início dos anos 90, com trabalhos produzidos de forma independente. No entanto, a partir do momento em que os artistas assinaram com grandes gravadoras, deixaram de realizar os videoclipes no Estado e passaram a produzir os vídeos no eixo Rio-São Paulo. “No início dos anos 90, o Manguebeat englobou várias áreas artísticas e havia uma efervescência do movimento. Conhecíamos as bandas e fazíamos os clipes de graça porque acreditávamos nelas. Quando elas assinavam com uma gravadora, esperávamos que fossem continuar gravando com a gente, com financiamento e uma estrutura melhor. No entanto, as gravadoras tiraram o trabalho da gente e fizeram os clipes dos artistas pernambucanos no Sudeste”, conta o cineasta Kléber Mendonça Filho.


A Mundo Livre S/A é uma das bandas que se encaixam nesse perfil. “Fizemos alguns democlipes com a TV Viva, antes de fecharmos com a gravadora. Depois todos os nossos clipes foram feitos em São Paulo. Em 2003 saímos da gravadora e lançamos O outro mundo de Manuela Rosário, completamente independente e sem orçamentos para clipes. Aí liberamos as músicas para quem quisesse fazer clipe. Recebemos trabalhos do Brasil todo, foi muito gratificante”, comemora Fred 04, vocalista da banda.

O único clipe do álbum feito em Pernambuco foi produzido pela TV Viva. O outro mundo de Xicão Xucuru, dirigido por Nilton Pereira, é de música composta por Fred 04 a partir de um documentário produzido pela ONG. “Aqui no Recife nunca tivemos uma exibição tão grande como aconteceu com Xicão Xucuru, que passou várias vezes na TVU. Do vendedor do fiteiro ao motorista de táxi, todo mundo veio falar com a gente dizendo que viu o clipe”, afirma Fred 04.

Com o novo álbum, Bebadogroove, a banda deu continuidade à experiência de clipe genérico. Em Pernambuco estão sendo realizados dois videoclipes do disco, Carnaval inesquecível na Cidade Alta e Laura Bush tem um senhor problema, ambos dirigidos por Pedro Severien. “Quando pensamos nos clipes, queríamos qualidade de produção para que eles entrassem no circuito. Elaboramos então um orçamento para filmagens em Super 16. Conseguimos 45 mil da Chesf e 25 mil da Prefeitura do Recife, mas o orçamento mesmo era de 88 mil. Teremos algumas dificuldades, mas sai”, conta Pedro. As filmagens dos dois videoclipes serão realizadas no fim do mês. (C.G.)

MTV ainda é objetivo das bandas
Publicado em 02.08.2006
Aparecer na MTV para uma banda de hoje é tão importante quanto ter músicas tocando nas rádios. Isso porque a emissora tem ajudado a formar o gosto musical de grande parte da juventude e as bandas sentem a necessidade de fixarem a sua imagem perante o público.
“Músico é muito vaidoso. Por mais que o clipe tenha sido feito de forma independente, as bandas se comportam como se tivessem se vendendo, com a intenção de entrar na MTV e outros canais comerciais”, conta o diretor de clipes Daniel Aragão.


Bárbara Jones, vocalista da Rádio de Outono, concorda com o diretor. “A MTV hoje é como o rádio antigamente. As pessoas que não têm curiosidade de procurar coisas novas, que querem receber as músicas já prontinhas, embaladas, formam o seu gosto musical a partir da emissora”, afirma. Segundo Bárbara, depois que o clipe de Sabe tudo estreou na MTV, o retorno do público foi muito significativo. “Recebemos e-mails de gente do Brasil inteiro elogiando o clipe”, conta.

A banda Mundo Livre S/A deve boa parte do seu sucesso nacional à emissora. “Somos os únicos artistas de Pernambuco a figurar o primeiro lugar do Disk MTV, com o clipe de Livre iniciativa, em 1994. Na época não existia jabá na TV, a MTV era uma coisa de quem era apaixonado por música. Os VJs eram críticos de música, não modelinhos”, afirma. Fred conta que chegar ao topo não foi tão simples. “Estávamos no auge da carreira. Havíamos sido escolhidos como artista revelação pela revista Show Bizz. Então Titi, o filho do dono da MTV, nos convidou para fazer o clipe. Para a nossa sorte, tivemos esse apadrinhamento”, revela.

Outra banda pernambucana que conseguiu sucesso nacional por meio da MTV foi a Paulo Francis Vai Pro Céu. O clipe da música Perdidos no espaço ganhou o prêmio de melhor democlipe no Video Music Brasil 1998. “As pessoas não acreditavam que a gente ganharia o prêmio porque bandas de Recife não ganhavam. Foi uma surpresa para todo mundo. Até hoje somos os únicos pernambucanos premiados no VMB”, conta André Balaio, vocalista da banda. No entanto, segundo Balaio, a banda não soube aproveitar o sucesso que chegou junto com a premiação. “Sem dúvidas o clipe ajudou muito a divulgar nosso trabalho. Fechamos vários shows no Rio e em São Paulo. Mas depois a banda ficou um tempo parada e acabou um tanto esquecida”, lamenta. (C.G.)

Fazer uma produção caseira é mais fácil do que parece
Publicado em 02.08.2006
Hoje, para fazer um vídeo, não é necessário sequer ter uma câmera filmadora. E, para divulgá-lo, é apenas necessário ter acesso à Internet. A estudante de Radialismo e TV da Universidade Federal de Pernambuco, Sofia Egito, provou isso ao realizar o clipe da música Space bolero, da banda Asteróide B-612, todo com fotografias digitais. Ela disponibilizou o vídeo no site Google Videos e enviou uma cópia para a MTV, que o exibiu no programa Ya! Dog.


“Não foi difícil de fazer. O clipe levou quatro dias para ficar pronto. Foram dois dias para a sessão de fotos e mais dois dias para a edição. Editei as fotos no meu computador de casa mesmo e a edição do vídeo fiz numa ilha de uma universidade particular”, conta.
Sofia gostou tanto da experiência que pretende levá-la adiante. “Quero comprar uma câmera e equipar meu computador pessoal para poder fazer edições em casa. Sei que é um mercado que está crescendo”, vibra. (C.G.)

domingo

Baixe AGORA as músicas dos clipes !!!

Nova página da mundo livre s/a na Trama Virtual
(só precisa ser cadastrado e esperar o download...)

release (PARAquemPRECISA)

Orquestra Cinema e mundo livre s/a se unem para produzir dois clipes do EP Bebadogroove Vol 1: Garagesambatransmachine.

Bonecos gigantes monstruosos, orquestras de frevo acossadas por papangus aloprados, vilões e heróis de araque, um desfile de moda que tem entre as modelos uma mulher maravilha travesti, frentistas que abastecem os próprios corpos com gasolina, cachoeiras de urina, casas que se movem entre foliões embriagados e um presidente que ordena a terceira guerra mundial por conta de um chifre. Essas são algumas das imagens preparadas para os dois novos clipes da banda mundo livre s/a, a serem filmados no fim deste mês, em Recife.

Com mais de vinte anos de carreira, a banda mundo livre s/a vive agora um momento de independência e experimentação artística. Depois de videoclipes de divulgação bancados por gravadoras e videoclipes semiprofissionais; a produtora recifense Orquestra Cinema produz [ com filmagens no Recife de 26 a 30 de Julho ] os clipes Carnaval Inesquecível na Cidade Alta e Laura Bush Tem um Senhor Problema, do EP Bebadogroove Vol. 1: Garagesambatransmachine.
A produção pretende traduzir para o audiovisual a ideologia contestadora da banda, primando pela qualidade estética. Os clipes serão filmados em Super 16mm e têm orçamento geral de R$ 88,000.76 – parte desse montante patrocinado pela Companhia Hidrelétrica do Vale do São Francisco (Chesf) e Prefeitura da Cidade do Recife – incluindo uma festa de lançamento e divulgação na capital pernambucana.

um pouco de história - Em 2005, a Mundo Livre S/A foi a única banda nacional a se apresentar no palco principal do TIM Festival RJ e SP. No mesmo palco: The Strokes, Kings of Leon, M.I.A, entre outros. A banda também recebeu do Presidente da Republica e do Ministro Gilberto Gil, a Medalha de Honra ao Mérito Cultural, referente ao movimento Manguebeat, em uma cerimônia no Palácio do Planalto onde, além de homenageada, subiu ao palco para uma apresentação.

A MTV selecionou Maroca do CD Carnaval na Obra como música tema para a campanha MTV Mundial de Prevenção ao HIV. Mundo Livre S/A participou ainda da Turnê Trama Universitário. Nesse projeto a Trama seleciona uma banda para fazer uma turnê em diversos estados do país. MLSA se apresentou em Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo (Capital e Sorocaba).

Clipe 1 (Carnaval no Estúdio) - No filme preparado para a música, Carnaval Inesquecível na Cidade Alta, o carnaval de Olinda – famoso por apresentar alegrias e alegorias espontâneas do povo – aparece pelo viés da sujeira e confusão que também tomam conta das ruas do Sítio Histórico. No clipe, é apresentada a alegoria da alegoria. Onde toda briga, sujeira e violência aparecem ridicularizadas, traduzindo em imagens o sentimento do verso da canção: “caiu no conto / foi assaltado / ... que animação”.

A produção do clipe não pretende ridicularizar a importância cultural dessa festa popular, mas lançar um olhar crítico sobre os aspectos contraditórios da manifestação. O clipe, por exemplo, traz à tona a realidade das pessoas que cometem excessos em busca da ilusão de “felicidade programada” nos quatro dias de folia.

Para criar essa atmosfera, e mostrar o ponto de vista da banda, a produção vai recriar - em estúdio - situações, personagens e cenários-chave da folia ilustrando o lado sombrio dessa manifestação espontânea. Assim, o filme vai desenhar um ponto de vista inusitado da festa; o contraste entre a graça e o sofrimento, alegria e desespero, felicidade e angústia, luz e sombras.

Clipe 2 (Como o chifre gera a guerra) - .A postura crítica frente à nova ordem mundial, em conformidade com a ideologia da banda – que nunca foi de atacar pelo simples ataque – mas de levantar o debate de assuntos importantes, também será aplicada ao segundo filme, Laura Bush Tem um Senhor Problema.

Nesse outro filme, uma discussão entre um casal de V.I.P.s serve de ponto de partida para um passeio onírico pelo lado bom da vida. Desigualdades sociais, abuso de álcool e de poder; malandragem, regalia, a Terceira Guerra Mundial e as belas paisagens da Região Metropolitana do Recife passam a ser personagens do roteiro.

Narrativamente, o uso de planos seqüência (planos sem cortes) vai aproximar realidades distintas, colocando-as em conexão dentro do filme. O movimento de arquétipos sociais que se cruzam quase sem notar a presença do outro, constrói uma história comum às grandes metrópoles: centenas de pessoas tão próximas fisicamente e tão distantes uma das outras emocionalmente.

“ Se estivéssemos numa grande gravadora, essas seriam as últimas músicas que seriam escolhidas para fazer clipe ”, elogia Fred 04, que concedeu à equipe liberdade total para reinterpretação dos temas.

Com esses dois trabalhos, a produção da Orquestra Cinema acredita que estará contribuindo para dar visibilidade à produção musical de uma banda que é respeitada pela sua integridade artística e ponto de vista crítico quanto à realidade social do país e do mundo. Do ponto de vista artístico, os filmes propostos provocam o espectador, ao mesmo tempo em que promovem entretenimento.
Ficha Técnica:: Pedro Severien – Direção, Produção Executiva e Roteiro.
Duda Vieira – Assistência de Direção, Roteiro e Produção
Neco Tabosa – Assistência de Direção, Roteiro e Produção.
Ana Lu – Figurino, Roteiro e Produção.
Maurício Castro – Direção de Arte
Andréa Monteiro - Figurino
Stella Zimermman – Coordenação de Produção
Marcos Freire – Maquiagem
ATENÇÃO! Os veículos interessados na cobertura das filmagens (que acontecerão no Recife, entre 26 e 30 de Julho de 2006) devem fazer contato previamente. Lançamento dos clipes previsto para Setembro de 2006.
CONTATO: Orquestra Cinema (+55 81) 32284334

terça-feira

Laura Bush tem um senhor problema

ou; cinema em Pernambuco: cada um por si e deus contra todos.

domingo

H. Stern Club - só tem joinha

FIGURAS DA ILHA
(publicado no Diário de Pernambuco, 11.06.2006)

KARLA VELOSO
DA EQUIPE DO DIÁRIO

O que você acharia se conhecesse al­guém chamado Lombra Eterna em uma ilha paradisíaca? Essa pes­soa existe, mora em Fernando de Noronha e junto com os amigos Pirata, Rock e Cachorão ingressou com uma ação na justiça para incorporar o apelido ao nome próprio. Contrariando o apelido, Lombra diz que é careta e contra as drogas. O pedido está sendo avaliado pelo Ministério Público do Estado e será julgado esta semana pelo juiz da 3a Vara de Sucessões do Fórum do Reci­fe e do Distrito de Fernando de Noronha, Eurico Barros. Os quatro amigos aguardam, an­siosos, a decisão da Justiça. Querem ser reconhecidos dessa forma e assinar o novo nome o mais breve possível.

A idéia de incorporar o apelido surgiu em uma conversa entre os amigos. Juntos, cons­tataram que ninguém em Noronha os co­nhecia pelo nome oficial. 'Tivemos esse en­tendimento. Quando conversei com o juiz da Ilha, vi que nem ele sabia meu nome de registro, só me conhecia por Pirata. A partir daí, nos resolvemos entrar com a ação", justifica Eliezer Bezerra da Silva, 40 anos, conhecido como Pirata.

De bandana vermelha na cabeça, barba, brincos nas orelhas e comandando um barco, Eliezer Bezerra da Silva, 40 anos, faz jus ao apelido dado pelos noronhenses há 16 anos quando chegou na Ilha. 'Vim para passar um mês na casa de minha irmã. Me apaixonei por esse paraíso, com a honestidade e o jeito de levar a vida de forma mais leve que os noronhenses têm", conta o marinheiro.

Cabelo estilo moicano pintado de verme­lho, coleira de couro com cadeado no pes­coço, sandálias havaianas com tiras corta­das e amarradas para trás no calcanhar e sempre vestido com cores fortes, o guia tu­rístico Manoel Galdino Alves, 46 anos, res­ponde pelo nome de Cachorrão. "Au, au", diz o guia ao atender o telefone ou cumprimen­tar as pessoas. Nascido em Camaragibe, no Grande Recife, Cachorrão mora em Noronha há 19 anos. Era funcionário público federal há dez anos e foi morar na Dha para traba­lhar no armazém da Companhia Brasilei­ra de Alimentos (Cobal) em 1988.

Dogmóvel - Dois anos depois o arma­zém fechou. Cachorrão não teve dúvida. Pediu demissão e passou a trabalhar como guia turístico. O apelido, confirma, não veio à toa. "Moro na Praia do Cachorro e passaram a me chamar de Manoel do Ca­chorro. Então, resolvi me auto-apelidar de Cachorrão. Há dez anos batizei meu carro de Dogmóvel e me caracterizei. Agora que quero colocar o apelido no nome estão me chamando de Cachorro Registrado. Quando isso acontecer será uma alegria só", confessa o guia.

Apaixonado por rock and roll, o artista plástico Sérgio Roberto de Lima, 39 anos, era chamado de Sérgio Rock pelos amigos quan­do morava no Recife. Quando se mudou para Fernando de Noronha, há 16 anos, se deparou com três pessoas com o mesmo nome: Sérgio, Sérgio de Banca e Serginho. "Fiquei sendo chamado apenas de Rock. Adorei a ideia. Se tivesse o filho o chama­ria assim também", confidencia.

O apelido é tão forte que Rock já dei­xou de receber uma carta enviada por uma turista por não ser reconhecido pelo nome oficial. "Ela enviou a carta com o meu nome oficial, sem colocar o apelido e a correspondência voltou porque ninguém na agência dos Correios sabia quem era Sérgio Roberto de lima", recorda. Portan­to, ao chegar em Noronha, se quiser co­nhecer os quatro amigos não os procure pelo nome de batismo. Pergunte por Ca­chorrao, Pirata, Lombra Eterna e Rock e logo terá a chance de conhecê-los.

Paz e amor

Ar de tranquilidade, cabelos arrumados pelo vento, fala mansa, gingado do reggae, muita lábia e peixe assado na folha da ba­naneira para as "gringas" que vão ao paraí­so de Fernando de Noronha. Com esses atributos, Romildo Carlos Lopes, 40 anos, conhecido como Lombra Eterna, já ganhou duas comunidades no maior site de relacio­namento do país, o Orkut, e terá, até o final do ano, um vídeo-documentário retratando sua vida. Mas nada disso, assegura o pescador e guia turístico, o impressiona.

"Sei lá. Acho que as pessoas gostam de mim porque sou simples. Trato todo mundo com o maior carinho", diz, modes­to, Lombra Eterna. O apelido, conta, foi dado pelos nativos assim que chegou na Ilha, há 15 anos, para morar na casa do irmão. Lombra foi no Bar do Cachorro, ponto de encontro em Noronha, dançou reggae e bebeu a noite toda. Amanheceu o dia dormindo sentado em uma cadeira.

Os noronhenses não perdoaram. "Começaram a dizer, olha lá, o cara está lombrado. E eu nem gosto de drogas. Sou a favor da natureza", diz. Os turistas, comemora, o adoram. Suas comunidades no Orkut "Eu amo Lombra Eterna" e "Eu conheço Lombra Eterna" reúnem cerca de 300 mem­bros. Foram fundadas por pessoas que o co­nheceram no arquipélago.

Tamanha fama levou o jornalista Flávio Tabosa a fazer o vídeo-documentário Lombra Eterna. "Será a história de um cara que era apenas mais um na capital, que trabalhava como segurança em um banco no bairro de Casa Amarela, e ganhou noto­riedade no paraíso", adianta Tabosa, que já produziu 11 vídeos. Colhidas durante um mês, as imagens serão editadas na produ­tora pernambucana Orquestra Cinema. Lombra é uma figura.

Lula e Xuxa já conseguiram

A incorporação do apelido ao nome não é uma reivindicação exclusiva de Cachorrão, Pirata, Lombra Eterna e Rock. A apresentadora de programa infantil Xuxa, que assina Maria das Graças Xuxa Meneghel, e o presidente Lula, que hoje é ofi­cialmente Luiz Inácio Lula da Silva são casos famosos da inclusão do apelido ao nome. A alteração se enquadra na Lei de Registros Públicos (6015/1973), que prevê a incorporação do apelido pelo qual a pessoa é conhecida.

"Não posso antecipar minha decisão pois ainda não julguei as quatro ações dos mo­radores de Fernando de Noronha. Vou ob­servar a legislação e o parecer do Ministé­rio Público do Estado", informa o juiz Eurico Barros. De acordo com ele, todos os pro­cessos referentes à mudança no registro civil têm que ser avaliados pelo MP. O pesquisador da Cultura Brasileira Liêdo Maranhão é a favor da ação. "Se a pessoa gosta do apelido, se é conhecida por ele, deve ter esse direito", pondera, acrescentan­do que essa é uma tradição do nordestino. Em minutos, o pesquisador lista as pes­soas que conhece apenas pelo apelido: "Gordo Ourives", "Zé Olho de Gato", "Gar­ganta de Ouro", "Lula Cabelo de Rato" e "Xuxa Derrubada".



segunda-feira

“Esprit”

"mais que merde d´or..."

Deu no Cinemascópio, de Kleber Mendonça Filho; a palma de ouro em Cannes 2006 na categoria “Esprit” (Sagacidade) foi para os Bertini. Pelo conjunto da obra...

O Monstro, de Eduardo Valente

“O filme de 13 minutos é uma ficção e, desde o seu lançamento no Festival Internacional de Curtas do Rio, em dezembro, aguardava alguma seleção no Brasil (não entrou, por exemplo, no Cine PE).”

e Justiça ao Insulto, do pernambucano Bruno Jorge

“O realizador lamentou, por exemplo, a rejeição do filme no último Cine PE (com competição para vídeos digitais da região nordeste), "tentamos argumentar que eu sou pernambucano, mas não rolou’ ".

quinta-feira

ACONTECEemNORONHA

I Mostra Tamar de Vídeos Pernambucanos
Com cópia?! :D


deu no site do governo (e na Tv Golfinho!); é de um baiano a primeira mostra de vídeos pernambucanos do arquipélago que é mais perto de Natal do que do Recife. pense numa globalização troncha, boss!

segunda-feira

vamoNESSA!!!


Teste de criatividade para a meia dúzia de seis pessoas que acessa o blog do tio Neco com freqüência. Do que tratam as seqüências story-bordadas pelo genial Gregório Holanda nessa nova empeleitada do Dragão da Produção Independente contra o Santo Capital do Vil Metal?

As melhores frases concorrem a um algodão doce.

quarta-feira


chapem! um dos motivos pelos quais Gregório ainda vai dominar o mundo...
nanquim, tinta e bagas sobre papel industrial (sem título - eu acho -, e o ano eu não sei)
e tem mais aí... aguardem o carnaval e layka (esse com outro menino que vai dar - vem dando? - trabalho, o HKE).

terça-feira



CARNAVAL 2006 VI

Vídeo conta saga da Turma do Saberé
Publicado em 21.02.2006

MARCOS TOLEDO

Contar a história do samba no Recife é narrar uma das muitas histórias de resistência cultural em Pernambuco. Enquanto a música pop encontrou sua rota de evolução, o samba continua enfrentando dificuldades. Onde samba o Recife: histórias do bairro de São José, documentário realizado por Anselmo Alves & Antônio Flávio Tabosa, ilustra bem essa saga.

O vídeo, com 23 minutos de duração, conta um pouco da trajetória de 45 anos do Bloco de Samba A Turma do Saberé, completada no ano passado. O trabalho é exibido amanhã, a partir das 20h, em frente à sede da agremiação, no Pátio do Terço (Bairro de São José, Centro do Recife). O acesso é gratuito.

A despeito de suas características biológicas, o saberé, de acordo com os integrantes do bloco homônimo, é um peixe que belisca a isca, mas não se deixar pegar. Também era o apelido de um indivíduo que, segundo discorre a lenda, entrava em um bar no bairro de São José, sentava e, sem dinheiro para beber, levantava-se e ia embora. Uma coisa ou outra, garantem, tem a ver com o grupo.

Causos engraçados como esse são contados por veteranos da agremiação, como o carnavalesco Valdir “Queijinho” Farias – cujos depoimentos conduzem o documentário, o mestre de bateria Gislan, o Filho de Nego, o presidente Celso Pereira, os ritmistas Pelé da Cuíca e Fábio Gomes, e os sambista Hélio “Bocão” Romão dos Santos e Boneco de Mola.

Grupo de homens, que depois do Carnaval tem que se justificar perante às companheiras, Saberé já gerou até dissidência: indignadas, as mulheres dos saberés fundaram o bloco Traquina, também mostrado no documentário.

Porém, o que predomina no vídeo é o relato das constantes dificuldades enfrentadas pela Turma do Saberé para colocar o bloco na rua, seja pela falta de fantasia, de instrumento ou qualquer item de infra-estrutura. A animação, entretanto, como é comum em todo o Carnaval, ajuda a dar disposição e alegria para superar os problemas. E todo ano lá estão os foliões, muitos deles inseridos na festa ainda crianças, agora levam seus filhos e netos para tomarem gosto pelos dias momescos.

Exibição do vídeo Onde samba o Recife: histórias do bairro de São José, de Anselmo Alves & Antônio Flávio Tabosa. Amanhã, a partir das 20h, em frente à sede do Bloco de Samba A Turma do Saberé (Pátio do Terço, Bairro de São José, Centro do Recife). Acesso gratuito.

E o bom de sair nessa matéria de Marcos Toledo é que ele arruma tempo (espaço) pra fazer uma crítica – elegantíssima, por sinal – do conteúdo do vídeo, sem se limitar ao serviço [onde, como e que horas] da parada.

E não fica aquela coisa Videodrome [coluna do próprio, no mui estimado JC] onde os textos têm que sair telegráficos: “Filme + ou -. Trama boa, condução não. Qto, sala e dep.”

Para quem pretende ficar de bobeira pelo bairro de São José na noite de quarta-feira e tiver lido esse blog a tempo: - Você existe? Duvido um pouco... prove!

Sim, e depois do vídeo, direto pro show do Negroove no Recife Antigo.

sábado


“agora é oficial : Pernambuco, vai tomar no cu!”

aos tabacudos da organização do festival de vídeo de Pernambuco;

entendam de uma vez por todas : não há mal nenhum em exibir o vídeo sem que ele concorra a algum prêmio do vosso festival. Excrusive, a figura acima exibe o fac-símile da programação onde a minha própria pessoa foi a responsável pelo segundo vídeo exibido na mostra não competitiva do festival da Bahia. Com muito orgulho de exibir em terras soteropolitanas, lugar impossível de ser alcançado sem uma exibição televisiva de rede nacional. Bastou que me avisassem disso. Duvido muito que algum realizador (aqui significando diretor, produtor ou ator) dos vídeos de ficção do último festival de vídeo “do Recife” tenha achado ruim a idéia de distribuir a grana da premiação – originalmente destinada a eles – em menções honrosas de todas as outras categorias. O que não pode, funcionários da Fundarpe, Sr. Marco Henrique Lopes, representantes do Governo do Estado de Pernambuco é a falta de afinação entre Comissão de Seleção e Comissão Julgadora. Ou como disse o diretor Cláudio Assis, na atitude mais honrada que eu já vi numa premiação desse tipo, em Salvador, quando da “desqualificação para premiação” do curta Texas Hotel – descartado como todos os outros curtas do festival por não apresentarem afinidade com o tema “Cinema para um mundo melhor” (sic) : “agora é oficial : Bahia, vai tomar no cu !”

sexta-feira



dia triste do caralho.

terça-feira

Extreme Cinema (PE/BA)


obrigatório para qualquer dublê de "quero ser orson welles" da vida, cinema popular é a maior diversão ::

!!!

Cidade Baixa numa sessão das oito de uma noite quente em Ilhéus - a quatro reais.

!!!!!

Ou ainda; Amarelo Manga no começo de uma noite igualmente quente no Cinema do Parque - a um Real. (faz tempo isso...)

conclusão apressada - e entusiamada com o cinema sujo - :: 1/2 milhão de nordestinos emocionados* ao reconhecer seus sotaques não podem estar errados ...

* (por amostragem. a emoção foi medida pelo volume de comentários tecidos enlouquecidamente a cada fotograma – fazendo o bloguista que vos tecla quase aderir à onda do cinema brasileiro com legendas – )

p.s. importante ::: ao contrário do que os críticos alfinetam por aí, em nenhuma das duas situaçõesforam ouvidas reclamações da 'cosmética da fome'; ou do teor fake na retratação dos ambientes. e se ninguem se incomodou com isso na muvuca, é porque nao importa mesmo, minha pedra.